Querida Joana,
Hoje acordámos sem despertadores, às horas que nos apeteceu, bem... Com a ajuda da Gaia a fazer asneiras pela casa. Almoçámos a pizza do jantar do dia anterior e enfrentámos o tempo nublado a cheirar a chuva pelo mato dentro de camisolas de alças e de trelas nas mãos com os cães. Andámos, andámos e vimos sítios dignos de duendes e fadas. Entretanto choveu e nós continuámos de camisolas de alças e a andar pela serra fora. Fomos descansar um pouco a casa antes de ir ao rio. Foi a primeira vez que a Gaia teve contacto com a água. Foi bom aproveitar o sol nos nossos corpos despidos à beira rio. Descalços andámos por cima de pontes de pedras pequenas e redondas, de corpos arrepiados entrámos pelas águas geladas de um rio que ainda não fora aquecido pelo sol. E aí descobri que uma das minhas sensações preferidas é ter o corpo molhado pelas águas geladas de um rio. Voltámos descalços para o carro e fomos jantar a um dos nossos restaurantes preferidos, num salão só para nós, deixámos passar o tempo e fomos deixar os cães a casa. Fizemo-nos à estrada e fomos mergulhar no filme mágico que conta a história de Elton Jonh. De volta para casa, eu adormeci mais uma vez e o João permaneceu acordado pela estrada fora. Ao deitar nos lençóis ainda sentia todo o meu corpo inundado daquela frescura a saber a rio e a felicidade da mais pura e verdadeira.
Muitas vezes desejo que a vida seja esta felicidade de estar de corpo gelado e molhado pelas águas dos rios e cascatas.
Com um amor desmedido pela vida, Joana
20 de Junho de 2019.
Naquela manhã de fevereiro, quando baralhei as cartas macias e sedosas dos anjos e as deitei na mesa da cozinha, elas previram uma mudança, mas também me asseguraram que acabaria tudo por correr bem; o que era uma grande melhoria em relação a ver-me frente a frente com o Enforcado ou a Morte durante o pequeno-almoço de cereais, e a tentar interpretar a sua leitura como algo um pouco menos carregado de maldição do que a impressão inicial.
Para começar, este é um livro de 2011, que li num daqueles verões em que tinha as hormonas aos saltos e em que comecei a namorar, mas as férias de Verão tinham-se tornado uma seca porque ficaria sem namorar durante umas semanas... E, segundo a minha mãe, este foi um dos livros que o meu pai me ofereceu - sempre encolhendo-os pelo título. Também me disse que barafustei imenso dizendo que o livro não prestava mas, na falta de algo melhor de se fazer, de férias no Algarve durante semanas que mais pareciam séculos, li-o "empurrando" a leitura pelas semanas fora e não percebendo nada da história porque, caso contrário, teria-o adorado e nunca me teria esquecido do que tinha lido.
Este livro fala sobre chocolate (em toda a parte), amores perdidos, mudanças, magia, bruxas, igrejas, aldeias pequenas, tarôt, anjos e amor encontrado.
"o amor encontrará um caminho"
Mas deixem-me dizer que a autora enrola muito, depois nos últimos capítulos a história começa a avançar toda muito depressa e a tradução para o português não é tão floreada assim, mas isso não é o pior. O pior mesmo é aquela sensação de querer saltar parágrafos que estão só ali para encher. Acho que esse é um dos grandes defeitos das grandes autoras que fazem romances como quem faz bolos instantâneos de microondas: enchem muito os livros de passagens que não interessa assim tanto e enrolam imenso de modo a que, no final, aparecem com grandes calhamaços nas livrarias. (Isto é a minha opinião, não querendo ofender ninguém, afinal, eu li este livro e outros de autoras de sucesso com romances aos montes e gostei)
Mas sabem aqueles romances quentinhos e aconchegantes? Este fez-me sentir que era um desses. Embora nos enrole muito e nos atire com todo um final feliz nos últimos capítulos, é delicioso. Gostava mesmo de vos fazer comparações mas não estou a ver nenhuma que não evidencie o que acontece no livro, e assim já não ficariam surpreendidos com o desenrolar da história.
Bom, mas envolve amizades duradouras, coisas que não acontecem nada por acaso, rituais pagãos e vigários que nos surpreendem, como o tarôt está sempre certo e como a vida e a nossa perspetiva sobre ela pode mudar de um momento para o outro. Isto é como se fôssemos a ver a vida como ela é, mas do lado de fora, em que, quando tudo nos corre mal parece não haver emenda, mas depois fica tudo bem e a vida sorri de todos os lados. E a vida é este ciclo, de coisas boas e de coisas más, e de coisas que nunca acontecem por acaso.
Fala de religiões como o paganismo (bruxaria, religião Wicca) e cristianismo, e "como ao longo dos tempos e através de diferentes culturas, chegaram a Deus, não pode ser uma coisa má, certo?" mostra tanto esta harmonia e da aceitação da cultura do outro e de como ambas se entrelaçam, como se pode ter, simultaneamente, um pentagrama e uma cruz pendurados ao pescoço no mesmo fio, e como se pode, simultaneamente, acreditar em anjos e fazer orações de origem Maia sob caldos de chocolate ao lume.
Acredito que tudo vem num propósito e no tempo certo, este livro veio-me parar às mãos, uma vez mais, num período de debate interior e a transmitir-me mensagens bonitas sobre as quais sempre tive curiosidade. Lembrem-se que, sempre que tiverem um livro na mão, ele está prestes a ensinar-vos o que vocês terão que aprender, no tempo certo.
hoje passei o dia a ler.
Já me tinha esquecido do que isso é, parar um bocado e refugiar-me num livro. Embora toda a gente diga que não ando a fazer nada, não é verdade, tenho trabalhado todos os dias pela minha marca e no meu trabalho. É difícil não darmos ouvidos ao que os outros dizem mas, afinal, ninguém tem nada a ver com o nosso caminho nem tem nada a dizer sobre o que não lhes diz respeito. E o que sabem os outros do que sentimos e do quão cansados estamos ao ponto de pararmos um pouco e ler durante horas a fio, envolvidos na luz de fim de tarde?
Prende-me muito e limita-me o facto de não conseguir fazer o que a minha alma pede e anseia sem que não seja julgada e constantemente bombardeada de opiniões alheias. Como grandes mãos que me envolvem o pescoço e me apertam sem que possa respirar. Como se ver o mundo com os nossos próprios olhos fosse blasfêmia, e querer fazer valer os meus sonhos e ambições mais saídos da caixa fosse coisa pior ainda.
E, como se não bastasse, abrandar quando o meu corpo me pede parece ser coisa de gente preguiçosa, trabalhar para nós e por nós sem que ninguém veja o esforço e tudo ao pormenor faz com que seja reconhecido como trabalho nulo. Mas não faz mal, enquanto os outros vivem de trabalho, não se respeitam a eles próprios nem o ritmo que o corpo pede, vivem de sonhos que esvoaçam pela mente e que eles sopram para longe, convencidos de que as coisas grandes estão guardadas para quem tem sorte.
Queridos seres humanos que me lêem, a vida pertence aos grandes sonhadores que acreditam neles próprios e que constroem um mundo que idealizam. É possível viver a vida dos nossos sonhos, se nos direcionarmos para ela, não existem pessoas com sorte, isso é discurso de quem fica sentado a ver a vida passar e que, no fim das contas, não vive. Ah! E não se esqueçam de ignorar por completo o que os outros dizem ou acham. O que fazemos ou deixamos de fazer, o que gostamos ou deixamos de gostar, o que sentimos e respeitamos tem apenas a ver connosco. O resto são opiniões alheias e caídas do ar.
"Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de facto, realmente mudam."

Que fique bem claro isto: sou uma pessoa sensível, daquelas que quando vê sangue cai para o lado e que fica com pele de galinha a ouvir Freddy Mercury. Sou uma Maria Madalena, chorona com tudo, coisas felizes e menos boas também, desde filmes (não têm que ser necessariamente românticos) a abraços que duram tanto como uma brisa de Verão.
Vocês estão a ver o que quero dizer.
Desde que comecei a namorar com a pessoa que anda hoje comigo de mão dada para todo o lado, tenho derramado lágrimas, tenho crescido muito e tenho visto um mundo que sempre existiu mas que me estava oculto.
O meu namorado é uma pessoa tão ou mais sensível quanto eu - embora eu exagere e o demonstre (muito) - e tem um vínculo muito forte para com a natureza, foi com ele que aprendi a mexer na terra, a conviver com outros seres, a conhecer outros lugares, a lidar e respeitar a vida natural. O João está ligado à caça, à agricultura e à criação de animais desde cedo, foi aprendendo com os avós no Alentejo, e acho que a alma dele pertence a este vínculo que tem com a Mãe Terra.
Eu sei que este termo - a caça - ainda não é aceite por aqui, aliás, não é compreendido. No início houve uma luta interna em mim por ter uma pessoa de quem gostava tanto mas que, ao fim e ao cabo, estava ligado à caça. Com toda a paciência e amor que teve, o João explicou-me e fez-me ver que não devo julgar o que não compreendo, devo questionar-me o porquê de existir tal feito e, depois, tirar as minhas conclusões. Eis que começo a interiorizar um dos mantras que trago comigo até hoje: Não odeies o que não compreendes.
Explicou-me que os verdadeiros caçadores, são quem fazem com que os ecossistemas fiquem em equilíbrio, são respeitadores ao ponto de serem estudados todos os habitats, períodos de acasalamento e outros tantos, idade média de cada ser vivo e toda uma gama de informações. Ele explicou-me que há caçadores que transportam animais de um lugar para outro, para que haja um "repovoamento" daquela espécie, que monitorizam sempre a vida selvagem em prol de todo o ecossistema, para que este viva em equilíbrio. Há caçadores e caçadores, há os que matam por desporto, e os que têm respeito pela vida e pela natureza. Decerto já viram no jornal de notícias centenas de agricultores que ficaram sem o gado, sem o seu único sustento, devido a javalis, saca-rabos, raposas, lobos e outros predadores. Tudo isto porque a caça se tornou proibida. E, para deixar de existir esta monitorização, para deixar viver uns, outros tantos morrem (muitos mais). Mas isto é um modo de ver que apenas quem vive do campo aprende a ter, e quem se questiona e interioza isto a fundo, ao fim de algum tempo, consegue ter. Não estou aqui a tentar impingir este modo de ver as coisas, estou apenas a contar-vos a minha aprendizagem, o mundo oculto que estava à minha frente e que eu não sabia e não compreendia.
Esta tarde, uma colega da minha mãe contou-me que o peixinho lá de casa morreu e que deu com a filha mais nova a chorar na casa de banho porque não conseguia meter o peixe pela sanita abaixo. Eu automaticamente pensei: caramba, eu era assim! Era. Ao longo destes anos encarei a morte de tantos seres por ter começado a conviver com eles. Por cada pintainho que morria numa ninhada (e morrem muitos, é a lei da sobrevivência, apenas os mais fortes sobrevivem) eu chorava e não conseguia enterrá-los. Hoje, já acompanhei tantos nascimentos que sei que, de dez pintos talvez fiquem uns cinco. Já vi todas as nossas galinhas serem mortas devido a raposas e cães selvagens, e muitas delas tivemos que as abater por não as conseguirmos salvar. Já cuidamos de galinhas que estiveram à beira da morte, mas que conseguimos curá-las com dedicação, paciência e tempo.
Todo este ciclo da vida natural é tão cru e tão nu que parece que nos tira muitos fôlegos até começarmos a entender que é assim. Que a morte existe e que a vida também.
Todo este ciclo existe, é cru mas não é nu para toda a gente. É-nos omitido este mundo oculto. Que tem tanto de belo como de horripilento, mas que é natural.

Escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944, O Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa de seu pai, revelando ao mundo o dia a dia de dois longos anos de uma adolescente forçada a esconder-se, juntamente com a sua família e um grupo de outros judeus, durante a ocupação nazi da cidade de Amesterdão.
Todos os que se encontravam naquele pequeno anexo secreto acabaram por ser presos em agosto de 1944, e em março de 1945 Anne Frank morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, a escassos dois meses do final da guerra na Europa. O seu diário tornar-se-ia um dos livros de não ficção mais lidos em todo o mundo, testemunho incomparável do terror da guerra e do fulgor do espírito humano.
Vai-se vendo crescer a alma de uma criança, o ser mais puro e inocente. Há todo um crescimento gradual, porém também rápido, da mente de uma menina que só querer rir e brincar e aproveitar o ar fresco e a liberdade. Nota-se a menor importância que se dá a uma criança por parte dos adultos, por parte de toda a gente. Por menosprezar o olhar que a criança tem em assuntos de "maior complexo".
Este livro faz com que analisemos todo o nosso ser, toda a nossa atitude e ação, todos os nossos sentimentos perante algo, todos os nossos pensamentos sobre algo. Anne faz uma profunda análise ao ser que foi, que é e que será um dia. No fundo escreve sobre os seus sentimentos, mas de uma maneira tão profunda, transparente, limpa, crua. Vamos mudar muito a forma de ver o mundo. Vamos mudar muito a forma de ver as situações e o modo como reagimos a elas. Caramba, querida Anne, que grande propósito tiveste tu.
- os excertos que guardei para mim -
"Assim podemos encontrar-nos nas quartas e sábados, à tarde e à noite, e no domingo, à tarde, e talvez mais vezes ainda.
- Mas os teus avós não estão de acordo. Não deves fazer isso às escondidas.
- No amor ninguém manda."
"Uma coisa te vou dizer: se quiseres conhecer bem uma pessoa, tens de te zangar uma vez com ela. Só então é que podes julgá-la."
"Nada importa se pudermos salvar alguém, diz o pai, e tem toda a razão."
"Quanto a mim continuarei calada e fria e nunca terei medo da verdade. É sempre melhor não adiar o que se tem a dizer."
"Tiro os cortinados escuros da camuflagem, respiro um pouco de ar fresco pelas fendas até ficar bem acordada. Quando depois tiro as roupas da cama, já não sinto a tentação de deitar-me. Sabes como a mãe chama a isto? ."
"Quando o senhor Koophuis entra, nasce o sol"
"Mas digo-o como se se tratasse de um castelo no ar e não de um tempo que se tornará, algum dia, para mim realidade"
"O homem é grande de espírito mas mesquinho nas ações."
"Enquanto ainda há disto, pensei, um sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste."
"Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só; só com o céu e com a natureza (...). Então compreende que tudo é como deve ser (...)."
"Foi o que compreendi, de repente, hoje de manhã, quando estava sentada junto da janela (...). Ao olhar lá para fora e ao reconhecer Deus na natureza, senti-me feliz, apenas feliz. Oh, Peter, enquanto esta felicidade está em nós, esta felicidade da natureza, da saúde e de muitas coisas mais, enquanto formos capazes de conservar tudo isto em nós, a felicidade voltará sempre de novo. Fortuna, fama, tudo podes perder, mas a felicidade do coração, ainda que por vezes esteja obscurecida, torna a vir enquanto viveres. Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade. "
"Aquele que é feliz, espalha felicidade."
"O que poderá haver de mais belo no mundo do que olhar a natureza pela janela aberta, do que ouvir cantar os pássaros, sentir o sol no rosto e ter nos braços um rapaz muito querido?"
"O homem nasce com o instinto da destruição, do massacre, da fúria, e enquanto toda a humanidade não sofrer uma metamorfose total, haverá sempre guerras."
"Cada vez mais sinto como o meu espírito se desenvolve, sinto a libertação que se está aproximando, sinto como é bela a natureza e como é boa a gente que me rodeia."
"(...) sinto a falta de qualquer coisa de mais autêntico, e eu tenho a certeza de que essa coisa existe."
"Todos vivemos sem saber porquê e para quê, todos procuramos ser felizes, todos vivemos de um modo diferente e no entanto somos todos iguais."
"Como seria bela e boa toda a humanidade se, antes de adormecer à noite, evocasse os acontecimentos do dia que passou, se refletisse no que foi bom e no que foi mau."
"Assim podemos encontrar-nos nas quartas e sábados, à tarde e à noite, e no domingo, à tarde, e talvez mais vezes ainda.
- Mas os teus avós não estão de acordo. Não deves fazer isso às escondidas.
- No amor ninguém manda."
"Uma coisa te vou dizer: se quiseres conhecer bem uma pessoa, tens de te zangar uma vez com ela. Só então é que podes julgá-la."
"Nada importa se pudermos salvar alguém, diz o pai, e tem toda a razão."
"Quanto a mim continuarei calada e fria e nunca terei medo da verdade. É sempre melhor não adiar o que se tem a dizer."
"Tiro os cortinados escuros da camuflagem, respiro um pouco de ar fresco pelas fendas até ficar bem acordada. Quando depois tiro as roupas da cama, já não sinto a tentação de deitar-me. Sabes como a mãe chama a isto? ."
"Quando o senhor Koophuis entra, nasce o sol"
"Mas digo-o como se se tratasse de um castelo no ar e não de um tempo que se tornará, algum dia, para mim realidade"
"O homem é grande de espírito mas mesquinho nas ações."
"Enquanto ainda há disto, pensei, um sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste."
"Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só; só com o céu e com a natureza (...). Então compreende que tudo é como deve ser (...)."
"Foi o que compreendi, de repente, hoje de manhã, quando estava sentada junto da janela (...). Ao olhar lá para fora e ao reconhecer Deus na natureza, senti-me feliz, apenas feliz. Oh, Peter, enquanto esta felicidade está em nós, esta felicidade da natureza, da saúde e de muitas coisas mais, enquanto formos capazes de conservar tudo isto em nós, a felicidade voltará sempre de novo. Fortuna, fama, tudo podes perder, mas a felicidade do coração, ainda que por vezes esteja obscurecida, torna a vir enquanto viveres. Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade. "
"Aquele que é feliz, espalha felicidade."
"O que poderá haver de mais belo no mundo do que olhar a natureza pela janela aberta, do que ouvir cantar os pássaros, sentir o sol no rosto e ter nos braços um rapaz muito querido?"
"O homem nasce com o instinto da destruição, do massacre, da fúria, e enquanto toda a humanidade não sofrer uma metamorfose total, haverá sempre guerras."
"Cada vez mais sinto como o meu espírito se desenvolve, sinto a libertação que se está aproximando, sinto como é bela a natureza e como é boa a gente que me rodeia."
"(...) sinto a falta de qualquer coisa de mais autêntico, e eu tenho a certeza de que essa coisa existe."
"Todos vivemos sem saber porquê e para quê, todos procuramos ser felizes, todos vivemos de um modo diferente e no entanto somos todos iguais."
"Como seria bela e boa toda a humanidade se, antes de adormecer à noite, evocasse os acontecimentos do dia que passou, se refletisse no que foi bom e no que foi mau."


Gostava que acreditassem. Nelas mesmas primeiro, depois, no resto. Gostava que usassem a voz para dizer um "NÃO" bem alto à gritaria desnecessária, a quem as trata com desdém, a quem não lhes dá amor, a quem nada acrescenta às suas vidas. Gostava que entendessem que quem tem que gostar de as ver ao espelho são elas, que quem tem que as respeitar primeiro e acima de tudo são elas, que quem tem que entender o seu tempo, o seu ritmo, e respeitar as suas vontades são elas também. Gostava que, de uma vez por todas, percebessem que merecem todo o amor do mundo, que se é para estar com alguém que seja alguém que lhes dê as coisas mais bonitas que alguma vez imaginaram e, se ninguém o fizer, elas próprias estarão bem sozinhas e de amor-próprio gigante no peito.
Gostava que se amassem primeiro e o verbalizassem para elas próprias, e assim descobrirem que amor atrai amor. Que descobrissem que assim o mundo é muito mais bonito.


Às vezes só me apetece ficar escondida, sabem? Num daqueles sítios em que parece que o mundo acabou lá fora e onde nem dão pela nossa falta. Num sítio onde sentimos que ali passamos despercebidos e podemos ficar até ganharmos coragem para enfrentarmos o mundo outra vez. Sinto isto tantas vezes. Às vezes apetece-me gritar que a vida é bonita e andar por aí de sorriso exposto a ver se contagio alguém, outras vezes parece que não há mais nada para além da rotina, parece que não vou conseguir superar a situação, que estou a ser engolida pelo que está a acontecer à minha volta, até tenho a sensação de que a vida está a andar depressa demais para mim e, por mais que queira, não consigo mexer-me, e então só me apetece esconder. Sinto-me tão sozinha que o que me apetece é estar mesmo sozinha.
Eu sei que há dias assim, dias maus e dias bons. E dias maus para reconhecer os bons. Com isso vem sempre uma dose de exagero. Ou estamos radiantes de felicidade, ou estamos tremendamente infelizes. Também são assim? Parece que a vida só dá para ser vista da montanha russa mais radical e invariável que existe. E é com essa noção que muitas vezes penso "ok, os maus bocados parece que demoram, mas tal como o que é bom acaba depressa, o que é mau também há-de acabar", "agora estou mal, mas amanhã posso estar melhor, pode acontecer alguma coisa de bom", tal como chega a acontecer o contrário.

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