Abrandar

sábado, 10 de agosto de 2019



Quando é que abrandas? Como é que sabes quando tens que abrandar? Qual foi a última vez que te permitiste abrandar?

O nosso corpo, este nosso templo desde sempre, dá-nos sinais preciosos e que nem sempre conseguimos ver e perceber. O facto de andarmos fatigados, com dores de cabeça, com dores musculares, sem conseguir pensar, são sinais dos mais simples e comuns de que precisamos de abrandar e respirar por um bocado. De apanhar um pouco de sol e de fechar os olhos e sentir o vento. Às vezes é só isso.

Muitas das vezes ficamos com um certo sentimento de culpa por querermos cuidar de nós, por querermos prescindir de pelo menos 5 minutos do nosso dia para nos voltarmos para nós e fazermos o que sentimos que temos que fazer, em especial as mães. Mas sabem que mais? Se não abrandarmos, não estamos a respeitar a nossa própria vontade, nos quais temos que ser os primeiros a respeitá-la, não estaremos a recarregar toda a energia que desgastamos durante horas e horas, dias e dias, não estaremos a dar ouvidos aos sinais que o nosso corpo nos transmite, não estaremos assim nunca no nosso melhor para que enfrentemos o mundo com a energia revitalizada, com o nosso eu intenso de boas energias, vontade e alegria.

O nosso corpo, o nosso templo, dá-nos todos os sinais acerca do que fazer a seguir. E isso é maravilhoso. Vamos fazer um esforço para nos reconectarmos com ele? Com a nossa essência. Com aquilo que realmente precisamos para estarmos bem.

A sociedade impôs o padrão de que temos que trabalhar durante X horas diárias, sem parar. Porque se pararmos é sinal de preguiça. Não é. E não trabalharmos durante as horas implícitas ou termos um emprego flexível também não é preguiça. Esticarmo-nos no sofá, dormir até mais tarde, trocar as tarefas domésticas por uma tarde de leitura, entre tantas outras coisas que fazemos e que somos todos julgados a seguir, não é preguiça! Porque é que temos que esperar pelo fim de semana para descansar? Porque é que não podemos fazê-lo todos os dias?

Aproveita e reconecta-te com a tua essência, com a tua vontade, com o teu corpo. Ouve os sinais que te são transmitidos todos os dias e que tens ignorado. Abranda um pouco. Está tudo bem. Todos precisamos.


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  1. Essas tuas palavras parecem o meu subconsciente...
    Tenho dias, semanas, em que não paro! Felizmente, após um ano a trabalhar sem férias, chega Setembro, o meu mês de descanso! E sinto mesmo que estou a precisar. Pausa para me restabelecer!
    Um grande beijinho, Joana*

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