Cooper Sullivan passou os verões da sua juventude no rancho dos avós no Dakota do Sul, partilhando jogos inocentes e beijos roubados com a rapariga do rancho vizinho, Lil Chance. Agora, doze anos depois, o destino voltou a juntá-los em Black Hills.Coop deixou a vida frenética como detetive em Nova Iorque para assumir a gestão do rancho dos avós. Lil tornou-se uma mulher bela e respeitada, que não deixou que nada a impedisse de concretizar o sonho de abrir um refúgio para animais selvagens. Mas algo, ou alguém, mantém uma constante vigilância sobre ela. Quando pequenos acidentes se transformam em atos de violência que terminam com a morte do puma de estimação de Lil, as recordações de um homicídio por resolver levam Cooper a assumir a proteção de Lil para a manter a salvo.Lil e Cooper conhecem perfeitamente os perigos que se escondem nas montanhas de Black Hills. Agora têm de trabalhar em conjunto para descobrir um assassino maquiavélico que os marcou como a presa seguinte.
Sabem que opinião eu tenho acerca de livros que toda a gente lê e de autores super famosos que têm montes de bestsellers? Que não vão mexer comigo. Porque nunca fui de seguir modas, muito menos de me encaixar com o que toda a gente gosta. Mesmo que tenha interesse em ler, espero que a ribalta desse livro acalme, e depois, quando já ninguém quer saber, eu leio.
Frases bem construídas, uma boa linguagem e metáforas à mistura. Uma receita perfeita para uma leitura de deleite. Ando a arriscar muito nos romances e queria tentar Nora Roberts, nunca o fiz por ser demasiado conhecida (pelos motivos acima mencionados). Mas às vezes julgo um livro pela capa, e gostei do lado selvagem da coisa. Alberga animais selvagens, florestas, amor de uma vida, mistérios e mortes. A palavra que ecoou na minha mente para ler este livro foi: arrisca.
A história começa com um amor inocente de duas crianças que se tornam melhores amigos, uma menina do campo e um menino da cidade que aprende a gostar do prado e das montanhas. A autora forma as bases para o grande final ao longo da história, em torno de características inocentes, porém interessantes. A história é toda passada num cantinho do mundo dotado de vida natural e selvagem. De sonhos de uma rapariga de criar um refúgio para animais selvagens maltratados e posteriormente num mistério crescente. O considerado destino (não num sentido tão lamechas) está presente em muitas partes da história. Não há coincidências. O medo apodera-se das personagens, o nosso próprio raciocínio é posto à prova juntamente com os delas. E, no fim, a autora dá uma golpada gélida e rápida, demasiado de repente, mas ótimo, porque nos apanha a nós próprios desprevenidos, e faz-nos ficar sem fôlego, toca em aspetos sensíveis demais na construção das últimas cenas que, com todo o nervosismo e adrenalina que sentimos, consegue tocar-nos ao ponto de nos deixar de lágrimas nos olhos.
Acho que nunca estive embrulhada numa história tão rica em natureza e vida selvagem, em medo e adrenalina, ao ponto de me sentir correr pela vida pelo meio da erva alta na escuridão, a temer pela vida. E eu a pensar que não gostava de mistério e policiais.
Tenho um novo livro a adicionar à minha estante do peito. Talvez leia mais de Nora Roberts, mas duvido que os outros sejam melhores que este.

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