Na estante: O Segredo de Black Hills

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019


Cooper Sullivan passou os verões da sua juventude no rancho dos avós no Dakota do Sul, partilhando jogos inocentes e beijos roubados com a rapariga do rancho vizinho, Lil Chance. Agora, doze anos depois, o destino voltou a juntá-los em Black Hills.Coop deixou a vida frenética como detetive em Nova Iorque para assumir a gestão do rancho dos avós. Lil tornou-se uma mulher bela e respeitada, que não deixou que nada a impedisse de concretizar o sonho de abrir um refúgio para animais selvagens. Mas algo, ou alguém, mantém uma constante vigilância sobre ela. Quando pequenos acidentes se transformam em atos de violência que terminam com a morte do puma de estimação de Lil, as recordações de um homicídio por resolver levam Cooper a assumir a proteção de Lil para a manter a salvo.Lil e Cooper conhecem perfeitamente os perigos que se escondem nas montanhas de Black Hills. Agora têm de trabalhar em conjunto para descobrir um assassino maquiavélico que os marcou como a presa seguinte.

Sabem que opinião eu tenho acerca de livros que toda a gente lê e de autores super famosos que têm montes de bestsellers? Que não vão mexer comigo. Porque nunca fui de seguir modas, muito menos de me encaixar com o que toda a gente gosta. Mesmo que tenha interesse em ler, espero que a ribalta desse livro acalme, e depois, quando já ninguém quer saber, eu leio.

Frases bem construídas, uma boa linguagem e metáforas à mistura. Uma receita perfeita para uma leitura de deleite. Ando a arriscar muito nos romances e queria tentar Nora Roberts, nunca o fiz por ser demasiado conhecida (pelos motivos acima mencionados). Mas às vezes julgo um livro pela capa, e gostei do lado selvagem da coisa. Alberga animais selvagens, florestas, amor de uma vida, mistérios e mortes. A palavra que ecoou na minha mente para ler este livro foi: arrisca.

A história começa com um amor inocente de duas crianças que se tornam melhores amigos, uma menina do campo e um menino da cidade que aprende a gostar do prado e das montanhas. A autora forma as bases para o grande final ao longo da história, em torno de características inocentes, porém interessantes. A história é toda passada num cantinho do mundo dotado de vida natural e selvagem. De sonhos de uma rapariga de criar um refúgio para animais selvagens maltratados e posteriormente num mistério crescente. O considerado destino (não num sentido tão lamechas) está presente em muitas partes da história. Não há coincidências. O medo apodera-se das personagens, o nosso próprio raciocínio é posto à prova juntamente com os delas. E, no fim, a autora dá uma golpada gélida e rápida, demasiado de repente, mas ótimo, porque nos apanha a nós próprios desprevenidos, e faz-nos ficar sem fôlego, toca em aspetos sensíveis demais na construção das últimas cenas que, com todo o nervosismo e adrenalina que sentimos, consegue tocar-nos ao ponto de nos deixar de lágrimas nos olhos.

Acho que nunca estive embrulhada numa história tão rica em natureza e vida selvagem, em medo e adrenalina, ao ponto de me sentir correr pela vida pelo meio da erva alta na escuridão, a temer pela vida. E eu a pensar que não gostava de mistério e policiais.
Tenho um novo livro a adicionar à minha estante do peito. Talvez leia mais de Nora Roberts, mas duvido que os outros sejam melhores que este.

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  1. Deixaste-me empolgada e com a pulga atrás da orelha, vou ter de acrescentar mais um livro à lista de 2019! Assim não aguento! Preciso mais do que 24h por dia para conseguir fazer tudo o que preciso e quero e ainda ter tempo para ler!

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    1. Se quisermos mesmo mesmo ler, arranjamos um tempinho!🙏💖

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    2. Eu arranjo sempre esse tempinho, até porque sou "louca" por livros, mas sabes aquela sensação que há tantos livros bonitos que queremos ler que nos despertam um bocadinho de ansiedade no coração, é isso que sinto!

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