Um enorme obrigada a quem me lê

Afinal não estou sozinha

Iniciei esta viagem pela blogosfera - criando um lugar só meu - este ano, e não imaginava esta crescente de coisas boas a florescer. 

Tenho muita gente que me lê. Tenho pessoas que abdicam um pouco do seu tempo para estarem de olhos postos em palavras minhas, e outras ainda, que me deixam miminhos e opiniões na caixa de comentários. Isto tudo quer dizer que estou a chegar a algum lado. Quer dizer que as minhas palavras não estão jogadas ao ar, que não são escritas para o vazio, nem posso dizer que não fazem um mínimo impacto.

Não sei se têm por hábito seguir-me pelas redes sociais, sobretudo pelo Instagram, que é o que "está a dar" de momento, mas penso que se nota que não faço as coisas pelos likes, não partilho para que se note, nem disparo palavras ou opiniões à toa ou para chamar à atenção - muito pelo contrário, quanto mais discreto melhor. E por aqui não é muito diferente. Não criei um blog pelo desejo de fama, de popularidade ou de sucesso na vida virtual. Mas também não sou das pessoas que passa horas por aqui, que diz que tem um trabalhão em escrever os posts, editar isto e aquilo para estar tudo "nos trinques" - não tirando a valorização ao trabalho dessas pessoas, óbvio. Eu só faço isto, porque quero e porque me apetece. Porque gosto de escrever, e porque queria que as minhas palavras passassem um pouco apenas de palavras. Queria sentir que faço alguma diferença no mundo e que, talvez, tenha jeito para a coisa no que toca escrever com o coração.

Quando criei o blog só porque sim - explico tudo aqui -, porque há tanto tempo que escrevia, há tanto tempo que queria ter um para partilhar, porque não? Os blogs não são só para quem quer ser popular e mostrar que ostenta milhões de seguidores e uma vida espetacular, certo?

Bem, adiante, quando criei o blog, "só porque sim", não vinha a imaginar ter alguém a ler-me. Quer dizer, no início dá sempre aquela sensação de que estamos a fazer a coisa para o boneco, e que não há ninguém do outro lado. Mas agora, neste momento, eu vejo isto crescer um bocadinho. Mesmo que sejam apenas meia dúzia de leitores, ou meia dúzia de comentários, é meia dúzia, é alguma coisa. E fico contente por isso, por saber que há alguém que me lê e que gosta, que partilha comigo a mesma experiência, a mesma ideologia, maneira de pensar ou o que for, que me vem contar o quanto um parágrafo lhe mudou o dia nublado que teve. E isso, isso é um privilégio para quem escreve por gosto, ver as palavras jogadas ao vento, serem lidas e colocadas num cantinho do coração de quem as lê.