Há dias em que parece que temos uma nuvem negra sob as nossas cabeças, outros em que parece que finalmente encontrámos o pote de ouro no final do arco-íris. Com o passar o tempo e com algumas experiências, percebi que era inútil continuar à procura de trevos de quatro folhas enquanto a vida passava por mim. É bom chamar a sorte com ferraduras à porta de casa, há quem acredite que os amuletos têm esse poder de emanar energia positiva e de nos proteger dos azares - dizem que o poder é ainda maior se o amuleto for oferecido.
O que eu acho é que nos dá uma crença tal que chamamos nós mesmos as energias positivas para o nosso caminho. Chamamos a sorte ao andarmos confiantes com um trevo seco entre as páginas de um livro. Leste o que eu escrevi ainda agora? Confiantes. Talvez se acreditarmos mais as coisas realmente aconteçam, porque se o quisermos realmente, elas acabam por se meterem no nosso caminho. Há que ser persistente e paciente.
Talvez a sorte já se tenha cruzado contigo. Não é propriamente preciso ganhares o euromilhões para que isso se prove, pequenas coisas como encontrar uma nota no chão, encontrar um amigo que não vemos há muito, conseguirmos um bom emprego, ganharmos um brinde, e a lista podia continuar. Isso não é sorte, ter o que temos?
Quantas vezes já calhou em conversa em que alguém te diz "tens tanta sorte...". Talvez o que tu achas pouco seja sorte para outros.
Nesta fotografia tenho o meu mais recente trevo de quatro folhas, encontrado e oferecido pelo meu irmão numa casual tarde de inverno pelo parque.

Join the conversation!